Fernando de Noronha

Fernando de Noronha, localizado a 350 km do litoral brasileiro, é composto por 17 ilhas e ilhotas. Suas características singulares levaram o Governo Federal a decretar duas unidades de conservação federais, a Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha, Rocas, São Pedro e São Paulo (APA-FN) e o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Parnamar-FN). A UNESCO também o declarou Patrimônio Natural da Humanidade e Sítio Ramsar. E o Estado de Pernambuco decretou o Arquipélago também como um Parque e uma Área de Proteção Ambiental Estaduais.

 

O Arquipélago de Fernando de Noronha é o topo emerso de uma montanha submarina com base de 60 km de diâmetros a 4.000 metros de profundidade, cuja formação se iniciou há aproximadamente 60 milhões de anos atrás e os últimos eventos vulcânicos ocorreram há 1,8 milhões de anos. Deste período até hoje, os processos erosivos (ventos, correntes marítimas e ações das ondas) e a resistência da estrutura geológica redesenharam o arquipélago na configuração atual, que compreende elevações íngremes, planaltos, vales, planícies, falésias, arenitos consolidados, praias de seixos rolados e praias de areias.

O clima do arquipélago é tropical, com estações pluviométricas bem definidas: o período chuvoso é nos meses de fevereiro a julho e o período seco de agosto a janeiro. A temperatura do ar oscila entre 23,5 e 31,5 graus centígrados. Predominam os ventos alísios de sudeste e leste.

Fernando de Noronha é banhado pela corrente Sul Equatorial, que corre no sentido oeste com águas de salinidade elevada e baixas concentrações de sedimentos, matéria orgânica, nutrientes e plâncton.

A flora de Fernando de Noronha caracteriza-se pela baixa diversidade e por espécies altamente oportunistas.         A baixa biodiversidade vegetal está relacionada ao seu isolamento, em função de sua posição geográfica, das correntes marítimas e dos ventos dominantes; bem pelo clima semi-árido e por sua área reduzida e irregular pela pequena extensão territorial.

A colonização do Arquipélago por plantas estão relacionadas a três processos: ervas ou plantas introduzidas intencional ou acidentalmente pelo homem, plantas cujas sementes ou frutos são conhecidamente levados pelas correntes oceânicas e plantas com frutos comestíveis que são dispersas pelas aves.                  

A fauna de Fernando de Noronha é característica de ecossistemas insulares oceânicos tropical, onde os animais têm dificuldade de chegar, colonizar e se reproduzir.  Os animais terrestres chegaram a Fernando de Noronha trazidos pelo plâncton aéreo, nas patas das aves ou por objetos flutuantes. Os animais marinhos vieram pelas correntes oceânicas e as aves vieram voando. A biodiversidade noronhense tem similaridade com a africana, a das Bahamas e da costa do Brasil.

A fauna terrestre de Fernando de Noronha é pouco diversificada e pouco abundante. Nas ilhas não há cobras e o animal mais perigoso é o escorpião-amarelo, que possui veneno muito fraco. Entre os animais terrestres endêmicos do Arquipélago, destacam-se o caranguejo-terrestre-amarelo, a lagartixa-mabuia e um pequeno réptil conhecido como cobra-de-duas-cabeças.

Entre os corais-verdadeiros de Fernando de Noronha predominam espécies endêmicas do Brasil ou que são características do Mar do Caribe, como Montastrea e coral-de-fogo. As espécies de hidrocorais são cosmopolitas ou circuntropicais.

A ictiofauna de Fernando de Noronha é composta por mais de 30 famílias e 80 espécies, que podem ser divididos em residentes e de passagem, que são observados só em determinadas épocas do ano.  Entre os tubarões encontrados em Fernando de Noronha, destacam-se o tubarão-bico-fino, o tubarão-lixa e o tubarão-limão. Outras espécies de elasmobrânquios são encontradas em Fernando de Noronha, como tubarão-tigre, tubarão-baleia, tubarão-martelo, raia-pintada, raia-manteiga e raia-manta.

O Arquipélago é frequentado por duas espécies de tartarugas-marinhas. Tartarugas-de-pente jovens são encontrados se alimentando e as tartarugas-verdes vêm a Fernando de Noronha se alimentar (jovens) e reproduzir (adulto).

As aves E OS GOLFINHOS são capítulos a parte da fauna de Fernando de Noronha.

Em função do sistema de correntes e de ventos, bem como dos tipos de navegação possível até antes da época dos descobrimentos, Fernando de Noronha foi um dos últimos territórios ocupados por humanos no planeta. A ocupação humana na ilha tem oscilado em quantidade e diversidade cultural ao longo dos últimos quinhentos anos, sendo que peixes, tartarugas-marinhas, aves e golfinhos foram capturadas para consumo humano ao longo dessa histórica.

Entre as singularidades que fazem de Fernando de Noronha, um local único no planeta, destacam-se a paisagem natural, a beleza cênica diferenciada pela geomorfologia, a transparência de suas águas (até 60 metros de visibilidade), a ocorrência de espécies endêmicas, a biodiversidade de fauna e flora marinha e terrestre e o fato de ser o único arquipélago oceânico tropical com mais de 10 km de extensão no Atlântico Sul.





Flora



Gameleira


Geologia



Processo sedimentar de construção de FN



Processo vulcanico de construção de FN



Processo erosivo de construção de FN



Morro do Pico


Fauna



Baleia Jubarte



Mabuia



Mabuia



Caranguejo-terrestre



Caranguejo-terrestre



Cobra-de-duas-cabeças



Caranguejo-aratu



Baleia Jubarte



Filhotes de  tartarugas-verdes



Filhotes de  tartarugas-verdes



Filhotes de  tartarugas-verdes



Filhotes de  tartarugas-verdes



Filhotes de  tartarugas-verdes



Tartaruga-verde desovando



Tartaruga-verde desovando



Arrecifes-defranja na Praia do Leão



Tubarão-bico-fino